Pensamento

" A infância é medida pelos sons, aromas e cenas, antes de surgir a hora sombria da razão ".
  (John Betjeman)

Senhora dona Cãinda - Cantiga com Lydia Hortélio

Um pouco da influência europeia na cultura brasileira. A cantiga Senhora D. Cãinda tem várias versões espalhadas pelo país e você pode aprender a brincadeira junto com os pesquisadores brincantes do Memórias do Futuro neste vídeo. 

Jatobazinho, uma riqueza de Versos.


Trabalho realizado pelos pesquisadores brincantes de Corumbá e o grupo do Memórias do Futuro na escola Jatobazinho no pantanal corumbaense, afastados da área urbana as crianças ainda mantém a tradição de recitar versos, com uma riqueza incrível, contribuem para a cultura da infância.

Unica e com muitos nomes diferentes

Amarelinha é uma brincadeira muito antiga. Conhecida em varias partes do mundo, ela tem diversos nomes.
Esses são os vários nomes da amarelinha no Brasil e em alguns países:
- Academia, Cademia, Amarelinha (Rio de janeiro)
- Macaco, Macaca (Bahia)
- Maré (Minas Gerais)
- Avião (Rio Grande do Norte)
- Sapata (Rio Grande do Sul)
Em outros países:
- luche (Chile)
- Rayuela (Peru)
- Carosa, Golosa (Colômbia)
- Hopscoth (Estados Unidos)
- Cuadrillo, Infernáculo, Reina Mora, pata coja, Rayuela (Espanha)
- Marelle(França)que deu origem a amarelinha no Brasil.

Um pouco sobre Edson Contar

Gostaria de agradecer ao grande escritor de Mato Grosso do Sul Edson Contar, por ter recebido o Memórias do Futuro em sua casa, por recordar e compartilhar um pouco de como foi sua infância, suas brincadeiras, seus amigos e suas historias. Edson Contar também é jornalista, compositor, comunicador, turismólogo e roteirista de teatro. Sobre tudo, Edson é uma pessoa muito divertida que não deixa morrer a criança que existe por dentro, está sempre escrevendo poemas sobre a infância. Um de seus conselhos para as crianças "SAIAM DE CASA,VÃO PARA O QUINTAL".

Antonio Victor, ainda há esperança !

Por Joelson Soares




Foi nas margens do Rio Paraguai que a cidade de Corumbá se ergueu e movimentou sua economia. Hoje o rio serve como porta de passagem para aqueles que buscam se aventurar pelo pantanal, mas é nessas mesmas margens que podemos encontrar o protagonista da nossa história.

Antônio Victor Soares, 10 anos, filho, neto e fruto de uma longa geração de pescadores e fazendeiros, tem em seu sangue uma carga de anos de homens que viveram em contato direto com a natureza.

Desde pequeno, o menino esperto e hiperativo cresceu nas margens do Rio Paraguai. Seu pai, pescador profissional, entregou ao menino um de seus primeiros e eternos brinquedos: uma varinha de pesca. O menino logo cedo mostrou ter o dom para a coisa, a união entre o homem e a natureza foi crescendo dentro dele, uma liga tão forte que ninguém nunca conseguiu separar, e muitas vezes ele era obrigado pela mãe a sair de perto do rio após passar horas e até o dia inteiro em contato com as águas e tudo a sua volta.

Ele encontrou na natureza sua diversão, a pescaria e o banho de rio, são suas brincadeiras favoritas, para ele não tem nada melhor do que isso, em casa pode se encontrar pelos cantos muitos animais de brinquedo, que servem para matar a saudade das férias que passa na fazenda dos avós, onde se sente em casa, esquece de toda a tecnologia, esquece de toda a civilização, e por ele viveria sua vida inteira entre as árvores e os animais, em contato direto com natureza.

Sempre teve a consciência de que respeitar o ambiente é necessário, aprendeu a ter compaixão pelo menor dos seres vivos. Certo Dia, em uma de suas pescarias, Antônio encontrou uma pequena cobra que estava em seus últimos minutos de vida. O animal que parecia agonizante comoveu o garoto, que não pensou duas vezes, a má fama das cobras não o intimidou, pegou algumas folhas de aguapés, enrolou o animal, e levou para casa para tentar ajudar. Ao ver que nada podia fazer, lacrimejou os olhos, e chorou perante de sua incapacidade, mas Antônio somente pelo gesto se tornou um pequeno Herói.

Enquanto ainda houver crianças como Antônio, que tenham consciência da responsabilidade que o homem tem sobre a natureza, e que dela sempre fizemos parte, ainda haverá esperança de construirmos um mundo melhor para todos, crescendo com respeito ao nosso planeta, e mostrando que ainda há futuro para a humanidade.


"Cada criança que nasce é uma prova de que Deus ainda não perdeu as esperanças em relação á humanidade".  

(Rabindranath Tagore)

Brincar é para a vida toda

Por Patrick Marques


Muitos adolescentes hoje em dia estão querendo pular a adolescência e virar adultos.
Isso é triste!
Do ponto de vista deles, brincar é “coisa de criança”. Se você mal saiu da infância e quer virar adulto com 13 anos, você não está aproveitando o que tem.
Brincar não é para a infância, é para sempre!
Pensem no que vocês viveram, relembrem os bons momentos de infância.
Para que deixar isso de lado?


Brincadeira sem Fronteiras

Por Joelson Soares
Fabricio estudando no Moinho Cultural
Não existe nada mais belo que o sorriso de uma criança, uma expressão universal de felicidade que ultrapassa todas as fronteiras. E é com o sorriso de uma dessas crianças que começamos nosso artigo. Corumbá, fronteira com a Bolívia, é aqui que encontramos o protagonista de nossa história, Fabrício Alaro Huayta, boliviano, tem 10 anos e mora em Puerto Quijarro, na Bolívia e estuda na escola de artes Moinho Cultural no Brasil. 

Quem vê Fabrício brincando com as outras crianças do lado brasileiro da fronteira não nota diferença alguma, pelo simples fato de não haver diferenças. Assim como toda criança no mundo, Fabrício gosta de brincar e, uma de suas brincadeiras favoritas, é jogar bola. Com a facilidade imensa que a infância tem de imaginar, acaba se sentindo como seu Ídolo Lionel Messi enquanto brinca. Fabrício também confessa que adora jogos de mesa, o seu preferido é o tênis.

Quando perguntado sobre o que acha das brincadeiras do Brasil ele nos responde: “Los juegos son los mismos, solo cambia el nombre”, ou seja, para ele, os jogos são os mesmos, só muda o nome. 

Fabrício é diferente de muitas crianças em um aspecto, ele não gosta de assistir TV, ao invés disso passa o tempo brincando e estudando com o seu instrumento, o violino, quer seguir a vida pela arte e talento é o que não falta para esse garoto que já se mostrou tão habilidoso e dedicado ao instrumento. 

Seja na Bolívia ou no Brasil, Fabrício se diverte brincando, mostrando o quanto somos iguais e que nossas diferenças são menores do que imaginávamos. Podemos falar diversos idiomas e viver nas mais diferentes culturas, mas em nossa essência humana, a felicidade se expressa da mesma forma. 

Aprendemos que não importa quantas barreiras criam os homens, as crianças, que nasceram sem conhecer fronteiras e que guardam dentro de si a esperança de união, sempre a romperam com um simples e não menos poderoso sorriso.

Imaginação


Brincadeira de roda - Mukando


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